Como Filmar e Editar Vídeos de Patinação – Parte II

Muitos de nós curtimos, não somente patinar, mas também queremos capturar aquelas memórias em vídeo. Enquanto somos rápidos em publicar clipes curtos nas plataformas de mídias sociais logo após a gravação, existe um potencial muito maior e melhores resultados se você colocar mais tempo nas filmagens, fizer uma coleta dos melhores trechos e, eventualmente, editar antes de publicar. Mas como realizar esta tarefa de produzir vídeos de patinação de um nível que os torne mais interessantes e com maiores chances de viralizar na web?

Não é lá muito difícil de criar uma compilação de seus truques e manobras favoritas. Precisa apenas de um pouco de prática. Para ajudar você a iniciar, conversamos com alguns patinadores mais experientes e habituados com a produção de vídeos, solicitando que compartilhassem conosco o conhecimento adquirido e algumas dicas. Nesta segunda parte de nosso artigo vamos falar sobre o equipamento e a importância das imagens sobrepostas.

1 – Equipamento Para Produzir Vídeos de Patinação

A escolha da câmera é geralmente uma preferência pessoal. Existe uma variedade muito grande de câmeras do tipo DSLR (digitais) e ainda temos muitas câmeras antigas de velha escola de filmagem com as quais você poderia iniciar. Algumas são excelentes como a Panasonic HVX, quando filmamos uma parte que abranja uma rua inteira porque o look do vídeo fica muito superior. Quando filmando para Instagram podemos usar um simples Smartphone com câmera HD ou uma câmera Sony A6000, para buscarmos um look mais limpo. Para ambas as câmeras deve-se ter uma lente do tipo “olho de peixe”. Na maioria das vezes esta é a parte mais cara de todo o equipamento, dependendo da qualidade que você busca, mas compensa o investimento porque uma lente de alta qualidade vai mudar drasticamente a qualidade de seus vídeos.

Recomendamos que você faça uma pesquisa geral em câmeras que você esteja interessado para avaliar a compatibilidade com alguns tipos de lentes. Algumas câmeras necessitam de peças de adaptação para tornar algumas lentes compatíveis. Temos também que equipamentos mais antigos podem complicar, já que é muito mais difícil de encontrarmos peças de reposição. O melhor e ter tudo em mente, de tudo que pretenda ter para produzir o nível que deseja como ideal no seu caso. Algumas produções efetuadas a noite exigem boa iluminação. Existem equipamentos de iluminação que podem ser atrelados às câmeras, mas provavelmente você irá precisar de mais iluminação de suporte. As luzes recarregáveis são as melhores porque você não precisa liga-las em nada ou ficar procurando por geradores. Você pode encontrar, relativamente fácil, luzes de tripés ou luzes recarregáveis.

2 – Filmando

Planejar um vídeo depende realmente de seus objetivos e de sua visão. Você pode filmar uma parte individual ou em um grupo. O melhor é começar por aí e planejar baseado em qual opção você irá seguir. Se você filma com um grupo é bem mais fácil encontrar pontos e obter clipes porque terá uma ajuda extra. Quando filma partes solo também existe pontos interessantes porque o foco é muito mais direto. Quando filmando em determinado local observe o que existe ao seu redor. Se a área oferece imagens esteticamente prazerosas, seria bom obter alguns clipes com lentes longas de toda a área e o patinador para dar uma ideia aos que irão assistir. Filmar com lentes “olho de peixe” ou longas depende do local e das manobras.

Manobras mais técnicas são geralmente filmadas com “olho de peixe” de maneira que você consiga um look mais aproximado de seus pés e da manobra em si. Uma “olho de peixe” também faz com que um obstáculo pareça maior. Uma lente longa vai ajudar em tomadas mais abertas ou se você realmente quer dar uma perspectiva do obstáculo que está sendo superado. Geralmente o melhor e tentar obter de múltiplos ângulos e usar uma “olho de peixe” tanto quanto duma longa, de forma que você consiga unir os clipes ou escolher o que ficar melhor. Se a filmagem é com uma “olho de peixe”, você necessita maior proximidade e posição mais ao nível do solo.

Geralmente você vai querer ficar mais perto do que precisa, também porque as lentes são desenhadas para capturar um campo muito mais amplo. Abaixando-se dará uma perspectiva muito melhor. Você também pode filmar seguindo o patinador ou usando apenas o braço estendido para criar o movimento que precisa. É muito raro que você filme usando uma “olho de peixe” em uma posição parada e que não gere absolutamente nenhum movimento.

Algumas das melhores tomadas para um sobre tela originam-se do que acontece após a aterrissagem ou de quedas, então procure manter a filmagem por mais tempo após o truque e não pare de gravar imediatamente ou poderá perder alguns clipes importantes.

A melhor maneira de estar preparado é fazer uma boa pesquisa e estudo do equipamento que você tem. Não é nada agradável, por qualquer erro de manejo, você descobrir que deletou todo o seu trabalho do dia, por não conhecer direito as funções do equipamento. Questões como clipes desfocados também são comuns, por falta de conhecimento do equipamento, configurações incorretas ou algo do gênero. Erros acontecem e só serão superado com a prática, portanto não espere se tornar um grande produtor logo nos primeiros dias. Patinadores de larga experiência na produção de vídeos afirmam que ainda continuam aprendendo diariamente, e que estão muito longe de tornarem-se profissionais no assunto.

Uma coisa é certa, quanto mais você pratica, melhor você se torna, assim como qualquer outra atividade na vida. Outra coisa importante é que você deve estar preparado para filmar até mais de cem tentativas em um só lugar. A filmagem para publicação, assim como a patinação, algumas vezes requer muitas e muitas tentativas antes que você consiga aquela manobra da maneira exata que quer usar em um vídeo. A paciência é fundamental enquanto patina e filma.

3 – Editando seus vídeos de patinação

Na maioria das vezes o software de escolha é o Adobe Premier. Podemos usar também o iMovie para vídeos rápidos de Instagram, mas não é o máximo para editar vídeos full que requerem ferramentas mais avançadas. A música é algo que vem um pouco mais tarde. Após você ter gravado um com número de tomadas, você conseguirá ter o feeling para o tipo de batida e vibração que vai se encaixar naquele caso e que atrairá aqueles que são aficionados dos patins.

Em alguns casos você utilizará músicas dos anos 80, porque a temática é mais antiga, o fundo e as manobras também, em outros casos irá usar músicas bem atuais para uma plateia específica, mas deve experimentar trilhas diferentes e analisar o que mais se adapta ao seu trabalho naquele momento. YouTube é o mais acessível para os que buscam este tipo de vídeos, mas é um pouco complicado no que se refere à música e direitos autorais. O Vimeo tem menos restrições no uso de músicas, mas é provável que você tenha que abrir uma conta paga para fazer o upload de arquivos maiores. Atualmente temos visto muitos fazendo upload de partes inteiras no Instagram TV também, mas é preferível ainda YouTube e Vimeo pois o vídeo será muito mais fácil de ser encontrado e pesquisado no médio e longo prazo. Existirá também a possibilidade de fazer isto pela velha escola e criar DVDs.

Agora que nossos artigos estão completos (leia a Parte I aqui), mãos à obra e comece suas próprias produções imediatamente.