Rodas de Patins - A Evolução de Modelos e Tipos Que Ocorreram

Inovações Tecnológicas Recentes Para Rodas de Patins

Rodas de MadeiraNossas rodas de patins vêm se modificando por mais de 250 anos. Madeira, marfim, metal, pneu, borracha ou uretano… As rodas são produzidas de todos os tipos de materiais. Inovações tecnológicas deram um salto na patinação nos anos 90. O uso de materiais de base plástica em 1979 foi uma parte pequena desta evolução. Vamos ver uma visão geral das inovações que marcaram a história das nossa amadas rodinhas através dos anos…

De todos os materiais para rodas de patins o PU (poliuretano) ainda é o melhor

O poliuretano (PU) é um material composto plástico (polímero termoplástico) usado na fabricação de patins em linha (inline) e também nos 4 rodas (quads). Foi usado pela primeira vez em 1979 na fabricação de rodas para patins tradicionais e para skates. Desde então se espalhou para todos os modelos, mas com algumas exceções (pneus em modelos para todo terreno e para patins de curto alcance).

Antes de tudo, as rodas dos patins mais antigos eram feitas de madeira (madeira endurecida para patinação de velocidade), marfim, metais, borrachas… Até mesmo pneus. Estes se deterioravam com muita rapidez e transmitiam muita vibração para o pé. O uso do poliuretano permitiu unir flexibilidade, conforto e resistência à abrasão e, com certeza, foi a maior inovação nas rodas de patins.

Alguns produtos de curta duração distribuídos nos supermercados são fabricados com rodas em PVC. Este material é duro e fornece conforto rudimentar ao patinador.

A segmentação do mercado de rodas para patins

O uso do poliuretano, um material que é fácil de produzir e modelar encorajou uma segmentação real do mercado. A partir deste fato tornou-se possível projetar rodas que atendiam às especificações dos usuários de acordo com o que praticavam: duro, mais mole, pequenos diâmetros para patinação de rampa, ou as macias e grandes para fitness e patinação de velocidade, entalhados para a prática de todo terreno.

Falando do ponto de vista estético, a produção de rodas transparentes também abriu uma larga variedade de escolhas para os usuários e esportistas.

Rodas Transparentes

No que se refere ao número de rodas, digamos que, para a maioria das práticas, o design dominante é com 4 rodas. Este número, quase padronizado, varia somente na patinação de velocidade (de 3 rodas até 5 rodas) e na patinação considerada agressiva ( de 2 até 4 rodas). Algumas marcas lançaram patins inline de 3 rodas entre os anos de 1997 e 2000: Rollerblade com o modelo Perseus e o modelo Coyote, a Spin com o modelo Cros, a Roces com o modelo Big Cat S.A.S. Atualmente os modelos de 3 modas podem retornar com um de patinação de velocidade em 3 rodas de 125mm.

As rodas agressivas se tornam maiores

Cada modalidade possui seu próprio perfil de rodas, com seus diâmetros bem específicos, núcleo de no núcleo. Por exemplo, as características especiais da prática mais agressiva exigem rodas achatadas de um diâmetro menor, que são bastante duras e possuem corpo sólido. Por vários anos até agora, as rodas para prática agressiva se tornaram um pouco mais moles (3 margens em 3 anos, entre o ano de 1997 e o ano 2000), enquanto que o diâmetro aumentou entre os anos de 2004 e 2014.

Os patins de fitness na mesma onda dos patins de velocidade

As rodas utilizadas para fitness também se tornaram maiores com o passar dos anos, da mesma forma que as rodas de velocidade. Antes do ano 2000, a maioria dos modelos utilizavam rodas com diâmetros entre 76 e até 80 mm. Hoje o modelo de 80 mm é o menor diâmetro disponível para patinadores adultos e os diâmetros vão até 110 mm ou até mesmo os de 125 mm.

A patinação de todo terreno encontrou uma segunda fase inicial

Os patins para todo terreno mostrou várias peculiaridades relacionadas com o seu uso. As marcas jogam com estereótipos para atrair todos os tipos de consumidores. Aqui o poliuretano não reina supremo.

A alteração de tamanho das rodas ainda é a principal característica distintiva dos patins de todo terreno. O número de rodas varia entre 2 até 4, mas parece que o número de 3 rodas é o atual padrão mais aceito e utilizado.

A borracha e a mais usada por suas características de maior aderência e flexibilidade em terrenos úmidos. São rodas muito mais aderentes que o poliuretano em superfícies molhadas. Para se conseguir maior estabilidade em tipos diferentes de pisos, algumas marcas, por um breve momento, trouxeram um tipo de roda de poliuretano entalhada, o que, em termos de eficiência ainda é discutível.

A média dos diâmetros que podemos encontrar nos modelos lançados entre 1998 e 1999 estava por volta de 105 mm, contra os 82 mm das rodas de maior tamanho de referência para fitness naqueles dias. Hoje, o único modelo disponível é de rodas de 150 mm. Na patinação de todo terreno, os diâmetros variam entre aquelas com 90 mm para a Outback e as de 150 mm para os Rollerblades Coyote e Powerslides VI SUV.

E sobre a questão de pisos e terrenos úmidos?

Somente algumas marcas se dedicaram ao problema de aderência em terrenos úmidos. Tudo o que sabemos hoje e que a Continental abriu o caminho. A patente parece que foi comprada pela K2 nos anos posteriores.

A P.S.I. também projetou modelos de patins com rodas de borracha preta, com aderência muito boa em áreas úmidas. A marca não existe mais nos nossos dias.

No ano de 2011 a MPC assumiu a ponta com o já conhecido Storm Surge, um dos modelos que oferece grande aderência durante a chuva.

O principal problema de rodas de chuva é que estas colam demais e se deterioram muito rápido em terrenos secos.

Rodas de dupla densidade (K2)

Este novo conceito no mercado de patins foi objeto de várias patentes diferentes, incluindo uma que foi registrada pela K2 em 1997. O princípio é baseado no uso de dois tipos diferentes de densidade do poliuretano na fabricação dos núcleos das rodas.

As rodas de poliuretano infláveis

A Sports Premiere Magazine mencionou a criação de um tipo de roda inflável produzida pela Hyper. Elas teriam sido apresentadas em 1999 na feira realizada em Chicago. Aquele tipo de roda seria adequada para adaptar-se a todos os tipos de terreno e todas as práticas de patinação, com o simples ajuste da pressão.

Ainda assim nenhum modelo equipado com este tipo de rodas foi encontrado nos catálogos de fornecedores no ano 2000.

Ao mesmo tempo, a Hyper lançou uma roda em poliuretano que apresentava um tubo de ar dentro do cubo de roda. Não existem referências de qualquer tipo desde então.

Cubos de roda de alumínio

A eficiência, solidez e a rigidez dos cubos são preocupações constantes de todos os fabricantes do mercado.

O alumínio revelou-se como uma solução bastante eficiente e simples, mas os seus limites são encontrados no conforto oferecido pelas rodas em si. Este tipo de produto em alumínio esteve brevemente disponível em patins de velocidade (P.S.I. com a Intzcore), em patinação livre (P.S.I) e na patinação mais agressiva (Exile).

Os aros de alumínio proporcionam uma bem maior rigidez e solidez em relação aos fabricados com os materiais clássicos, mas não flexionam. Estas rodas são rígidas, bastante desconfortáveis e resultam em deterioração prematura do poliuretano que acaba por suportar todo o stress. As rodas de alumínio para patins são geralmente um pouco mais pesadas e ainda por cima podem deformar em algum caso de choque. Por fim, mas não menos importante, seu alto custo de fabricação limita sua possível entrada no mercado atual.

Os sistemas antiaderentes de rodas

No que se refere ás curiosidades que surgiram por volta de 2000, a Hyper projetou um sistema balanceado para reduzir a aderência das rodas que eram utilizadas para alta velocidade. O princípio se suportava da adição de um peso entre os aros do cubo, da mesma forma que as rodas dos carros comuns.

Aros de Carbono

Na tentativa de manter os aros de alumínio, algumas marcas como a Hyper (novamente) lançaram rodas com cubos de carbono, como o modelo denominado Helium, por exemplo. O custo adicional da tecnologia não é de ser considerado como normal, mas a rigidez e o ganho de peso são bem importantes.

As rodas de patins OCRA

A patinação de velocidade, uma modalidade que está em constante busca por mais aperfeiçoamento e desempenho viu a marca Coreana OCRA, entrar no mercado com rodas de patins bem singulares.

A característica especial destas novas rodas é que possuíam bolas presas por molas nos aros de seus cubos. A inércia e a força centrífuga forçariam as bolas ou para fora do cubo, desta forma aumentando o efeito giroscópio das rodas. De acordo com o fabricante, o ganho no desempenho ficaria perto de 2 para 3 por cento.

Rodas de patins lenticulares

O ano de 2006 foi das rodas lenticulares. A coleção de velocidade e fitness da Fila experimentou brevemente o conceito. Mesmo que tal conceito ainda precise se provar efetivo, a marca tem equipado seus produtos principais com este tipo de roda.

No ciclismo, as rodas lenticulares são usadas para aprimorar a aerodinâmica, mas os resultados ainda não são conclusivos e esta tecnologia está destinada a desaparece em favor das rodas paraculares e raiadas.

Umas poucas inovações na patinação agressiva

Rodas antiderrapantes são rodas substituíveis. Estas rodas melhoram consideravelmente o deslizamento. Elas previnem o travamento durante a execução de manobras mais radicais.

As rodas sem cubos apareceram devido os patinadores mais agressivos usarem somente rodas duras e de diâmetro menor. Devido a isto não é necessário inserir uma estrutura muito rígida para fixar os rolamentos.

As rodas com aros de alumínio foram mencionadas anteriormente neste artigo. A marca Exile projetou modelos reutilizáveis de cubos. No momento que o uretano de desgastasse você poderia comprar novos miolos na sua loja de patins preferida.

Patinação livre e Hockey

Rodas de Uretano

Uma configuração bem baixa consiste em colocar o centro de balanceamento do patinador para frente colocando rodas maiores no calcanhar e rodas menores na frente dos patins. Isto proporciona uma patinação mais reativa e uma aceleração bem maior.

Na patinação livre, rodas sólidas também existem. Elas possuem os cubos, mas estes não são ocos. Aqui novamente o objetivo e ganhar em rigidez e na capacidade de reação. As rodas Concrete da Hyper são projetadas de acordo com este princípio e conseguiram um razoável sucesso no mercado.

Configuração balanceada das rodas de Slalom

Após o conceito de alto-baixo, nós poderíamos pular esta ideia de impulsão. As duas rodas do meio são maiores que as que ficam nas extremidades. Esta configuração tem um aumento na capacidade de manobra do patinador e permite a execução de curvas mais agudas.

Quais inovações nas rodas de patins podemos esperar para o futuro?

Como visto anteriormente, a principal inovação que realmente ocorreu foi o uso do poliuretano na fabricação de rodas. As rodas atuais parecem que atingiram algum tipo de design padrão. A maioria das configurações e modificações podem ser vistas como apenas otimizações, estas sempre de acordo com práticas e usos específicos.

Os próximos desafios que os fabricantes poderiam enfrentar são muito variados: Eles poderiam projetar um tipo de roda que apresente desempenho ideal em na chuva e igual desempenho em terrenos secos. As dificuldades de designs são as mesmas em todas as práticas com patins: ganhar em dureza sem ganhar em peso, otimização do peso sem perda da inércia, aumentar o desempenho sem sacrificar o conforto etc. Podemos até imaginar se o mercado dos patins vai florescer o suficiente para que as marcas façam maiores investimentos na pesquisa e no desenvolvimento.